O iFood acaba de disponibilizar a lista de itens mais pedidos em sua plataforma de delivery em 2025. O ranking foi liderado com larga vantagem pelos lanches, que somaram 253 milhões de pedidos.
Confira a lista de categorias mais pedidas:
- Lanches - 253 milhões de entregas
- Culinária brasileira - 118 milhões de entregas
- Pizza - 92 milhões de entregas
- Marmitas - 52 milhões de entregas
- Comida Japonesa - 50 milhões de entregas
O relatório revela também o horário com maior fluxo de pedidos: o jantar, com 487,7 milhões de pedidos, quase o dobro do almoço, que soma 278 milhões de entregas.
Isso mostra que o jantar deixou de ser o momento da refeição tradicional (arroz e feijão à mesa) para muitos brasileiros. A preferência por lanches à noite indica uma busca por gratificação imediata e praticidade após o expediente. O consumidor está trocando o "nutricionalmente completo" pelo "rápido e reconfortante" (comfort food).
O intervalo para o café da tarde apresentou 71,7 milhões de pedidos, o que aponta uma alternativa para a refeição. Os períodos da manhã e madrugada aparecem com “poucos” pedidos em relação a outros horários, com 23,5 e 22,3 milhões de entregas, respectivamente.
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Delivery bifurcado
Enquanto os lanches lideram, a soma de "culinária brasileira" (118 mi) e "Marmitas" (52 mi) totaliza 170 milhões de pedidos, o que mostra uma bifurcação do delivery: de um lado, o lazer/recompensa (lanches, pizza, japonês); do outro, a terceirização da cozinha doméstica (brasileira/marmita).
A força da categoria "marmita" aponta para uma tendência de “commoditização” da comida caseira: o consumidor quer comida ‘de verdade’, mas não quer (ou não pode) cozinhar. Isso valida o modelo de dark kitchens focadas em pratos executivos de baixo custo.
Os 71,7 milhões de pedidos no intervalo da tarde mostram uma oportunidade de consumo específica. Esse horário representa a pausa no meio da jornada de trabalho (home office ou presencial). É o momento do açúcar, do café, do açaí. Diferente do almoço (funcional) e do jantar (descanso), o café da tarde pode ser considerado um respiro emocional na rotina produtiva, uma espécie do “micro-mimo".
