Com um perfil movimentado nas redes sociais, o chef Bruno Gelape mostra a rotina da cozinha todos os dias. Ele compartilha dicas, conselhos e receitas. Seu conteúdo permite que operadores do setor conheçam, sob sua perspectiva, a dinâmica intensa e o afeto presente na gastronomia profissional.
Gelape, conhecido por sua presença digital e olhar autêntico sobre o universo gastronômico, compartilha sua trajetória, desde a primeira experiência em uma cantina escolar até a ascensão como chef e influenciador.
Entre desafios, superações e reflexões, expõe a realidade por trás da gastronomia e aponta caminhos para um setor mais humano e inclusivo.
Surgimento do amor pela gastronomia
Eu fui tomado por esse amor pela cozinha desde muito cedoBruno Gelape.
A paixão de Bruno Gelape pela gastronomia começou cedo, impulsionada pelo convívio com sua mãe e avós. Mas foi aos 16 anos, na cantina de uma escola, que ele teve seu primeiro contato profissional com a cozinha.
“Meu pai era diretor de escola e sugeriu que eu fizesse pizzas para os professores. Ali, percebi que era isso que queria para minha vida”, relembra.
Aos 17 anos, Gelape ingressou na faculdade de gastronomia e, aos 19, já estava formado. Seu talento e dedicação o levaram rapidamente a cargos de liderança, mas também o fizeram lidar com um dos maiores desafios da profissão: o ego.
Ego e lições profissionais
Ao assumir sua primeira posição de destaque em um restaurante alemão tradicional em Belo Horizonte, Bruno enfrentou o peso da responsabilidade e do reconhecimento precoce.
“Cresci rápido, mas com o ego lá em cima”, admite. Foi nesse período que uma colega de cozinha, Dona Lia, deu a ele um choque de realidade. “Ela me fez perceber que a cozinha não é sobre individualismo, mas sobre colaboração”, conta o chef.
Essa virada de chave moldou sua visão sobre a profissão e influenciou sua abordagem como líder e comunicador.
Com os olhos voltados para o futuro, em busca de crescer profissionalmente, Gelape não apenas desafiou seus conhecimentos como também decidiu se aventurar em novos locais, como no empreendedorismo, nas frente das câmeras e nos fogões. Suas inspirações sempre se voltaram para suas raízes, mesmo com o constante o desejo de explorar o mundo.
Um novo olhar para a gastronomia
Gelape acredita que bares e restaurantes devem ser vistos como escolas, investindo no crescimento de seus funcionários.
“Muitas vezes, a solução está dentro da própria equipe. Há pessoas que gostariam de crescer na profissão, mas não encontram oportunidades”, pontua.
“Entrei na cozinha muito cedo e, sinceramente, não tive professores que me orientassem sobre como é a rotina real de uma cozinha profissional. É um ambiente muito rígido, quase militar. Você precisa estar impecável – roupa, cabelo, unhas – tudo segue um padrão”, explica, reforçando que, ao contrário do que muitos novos entrantes na gastronomia acham, a cozinha é um lugar onde se exige respeito a hierarquia e que não é glamourizado como muitas séries e programas de TV apresentam.
Com milhares de seguidores, Bruno segue utilizando sua voz para transformar o setor. Seja ensinando técnicas, promovendo discussões sobre saúde mental ou incentivando a capacitação profissional, ele reforça uma mensagem essencial: a cozinha precisa ser um espaço de aprendizado, respeito e evolução constante.
