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O delivery vai mudar. Você está pronto?

imagem gerada no Visual Electric com edição B&R

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A entrada de novos players no mercado vai transformar o jogo e abrir oportunidades inéditas para operadores atentos à concorrência

Diego Senra 19/07/2025 | 10:31

“Concorrência é o combustível para inovação”. Essa frase é de ninguém menos que Elon Musk, mestre em faturar bilhões mudando o jogo em mercados aparentemente consolidados. E, no mercado brasileiro de delivery, o jogo está prestes a mudar.

Até pouco tempo atrás, vivíamos um cenário de (quase) monopólio do iFood. Líder indiscutível nas entregas em todo o país que, com competência e consistência, também se consolidou como uma das marcas mais queridas pelos consumidores brasileiros.

Com o renascimento das operações de food delivery do Rappi e da 99 somados ao desembarque da gigante Keeta no Brasil, teremos um novo panorama onde todo o ecossistema da alimentação fora do lar será beneficiado, direta ou indiretamente, através de uma onda de investimentos gerando novas negociações e condições comerciais mais atrativas.

E nessa disputa de titãs, as fortalezas de cada plataforma devem ser reforçadas, e suas fraquezas, exploradas pelas rivais na busca por participação de mercado. Como disse Jack Ma, fundador do Alibaba: “Não veja seus concorrentes como ameaças. Veja-os como referências, provando que o mercado existe e precisa de inovação.”

Para garantir o fair game, é fundamental que todos, inclusive órgãos governamentais, monitorem e assegurem condições adequadas de livre concorrência, com barreiras transponíveis e processos transparentes. Devemos ser vigilantes para que prevaleça uma conduta ética e leal, capaz de promover uma competição justa e gerar benefícios sustentáveis no longo prazo, independentemente do porte da empresa, do operador ou do colaborador.

O desafio é enorme. Os entrantes precisarão vir com muita disposição de caixa, estudando o mercado em cada detalhe, contratando profissionais profundamente familiarizados com o setor e apresentando diferenciais efetivos em seu repertório para ganharem credibilidade e serem vistos como uma segunda opção viável. O potencial, no entanto, é igualmente gigantesco: relatórios apontam que o Brasil pode multiplicar por mais de vinte vezes o consumo atual de delivery.

Nesse novo cenário, os operadores do food service não podem ficar parados. Como protagonistas, devem estar atentos às oportunidades criadas nesse novo momento testando plataformas, atraindo investimentos, explorando incentivos, negociando melhores condições financeiras e evitando a dependência de um único parceiro. A competição trará uma revolução principalmente nas taxas praticadas e políticas de entrega, aliando novas tecnologias e muito mais liberdade de escolha. Vai ser um novo jogo, com novas regras e, mais importante, com muitas chances de crescimento para quem souber jogar.

E, para não deixar dúvidas sobre quem deve estar no centro de tudo, encerro com uma citação de Bob Hooey que sintetiza bem o espírito dessa disputa:

"Se você não cuidar do seu cliente, o seu concorrente irá."

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