No primeiro dia de iFood Move 2025, Diego Barreto, CEO do iFood, deu início ao evento com foco em um tema central: o crescimento. Focado em movimentar e trazer mais benefícios aos donos de bares e restaurantes, o CEO declarou que “Não existe outra opção para nós que não seja o crescimento”.
Junto a isso, o CEO fez anúncios importantes, como o investimento de R$ 17 bilhões de reais no setor de delivery brasileiro até março de 2026, que foi corroborado pela fala do atual vice-presidente Geraldo Alckmin “Apenas em 2024, segundo dados da FIPE, o iFood contribuiu para a geração de mais de 1 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos no agro, na indústria e nos serviços”, disse o vice-presidente em vídeo transmitido aos participantes. O investimento atual anunciado supera os anos anteriores, que foram de R$ 10,3 bilhões e R$ 13,6 bilhões, em 2024 e 2025, respectivamente.
Conforme detalhou Barreto, cerca de 6 bilhões de reais serão investidos diretamente em restaurantes, o que reforça o comprometimento da empresa com o crescimento dos restaurantes que utilizam a plataforma. Atualmente, a plataforma possui cerca de 55 milhões de clientes ativos e cerca de 120 milhões de pedidos mensais, com o foco em crescimento, Barreto prevê que em 2028, a plataforma chegue a 80 milhões de usuários e cerca de 200 milhões de pedidos mensais.
Com o investimento, focado, principalmente, em ações que visam impulsionar o tráfego no aplicativo, aumentar a recorrência de compras na plataforma e ampliar os segmentos de atuação da empresa, os investimentos estarão focados, especialmente nas áreas de inovação e tecnologia.
Crédito aos restaurantes
Além das novidades apresentada por Barreto, o CEO reforçou a importância do sistema de crédito aos donos de restaurantes de médio e pequeno porte. Segundo os dados, em julho de 2025 foram disponibilizados cerca de 160 milhões de reais em créditos aos estabelecimentos que solicitaram o crédito pela plataforma. Desde o início do programa de oferecimento de crédito, o iFood Pago, foram atendidos mais de 40 mil empreendedores de todo o Brasil, cerca de dois bilhões de reais investidos e com o prazo médio de pagamento em torno de 18 meses.
Em sua fala, Barreto destacou que o principal motivo da plataforma oferecer esse tipo de crédito aos estabelecimentos, é devido à escassez de crédito dada a restaurantes no país. “Há três anos, depois de quase dois anos de testes e aprendizados, tomamos a decisão de entrar neste mercado. Agora que dominamos o processo, estamos prontos para crescer", diz o CEO.
Para ele, oferecer crédito aos pequenos e médios restaurantes é uma estratégia de crescimento do setor e dos parceiros da plataforma, por isso, as bases de análise de crédito são focadas no operacional, o que foge do modelo tradicional de outras instituições financeiras.
“Nossa solução de crédito se baseia quase que exclusivamente em uma análise operacional, e não em indicadores financeiros. Avaliamos a saúde do negócio por meio de critérios como boas avaliações e a capacidade do gestor de controlar custos. O motivo para essa abordagem é que muitos empreendedores não têm um histórico de crédito formal. A vida real exige improviso, misturando pessoa física e jurídica na gestão, o que torna a análise financeira tradicional inviável”, detalhou Barreto.