Fora do lar, dentro do negócio
Última edição

Por que vídeos bonitos no Instagram são perda de tempo?

Eduardo Gianni ensinou como reter a atenção do público em conteúdos nas redes sociais e criar uma comunidade engajada de clientes. Foto: Divulgação iFood Move 2025

Tempo de leitura 5

Entenda por que a estética visual não é mais suficiente e nem a melhor estratégia de marketing para atrair novos clientes por meio das redes sociais

Yasmim Paulino 06/08/2025 | 15:52

A principal aposta de marketing para bares e restaurantes tem sido acompanhar a onda dos vídeos virais nas redes sociais, que ajudam a dar visibilidade e podem aumentar as vendas do seu negócio. Mas o que acontece quando você investe tempo e recursos para criar um conteúdo visualmente impecável, mas ele não atrai engajamento e nem converte para seu restaurante? 

“As pessoas colocam essa sensação de que o conteúdo precisa ser extremamente profissional para passar autoridade e vender. Mas não é assim que funciona", disse Eduardo Gianni, em palestra no iFood Move 2025.  

O palestrante é sócio e fundador do NaEstrada Hub, projeto que oferece soluções para reter atenção em perfis nas redes sociais. Quando começou, Gianni apostou nos melhores equipamentos para conseguir as melhores imagens e entregar um produto valorizando a qualidade visual.  

"A gente tinha câmera de 50 mil reais, lente de 20 mil reais, computador caríssimo e montava uma megaprodução para descobrir que o vídeo que viralizava era o que a gente pegava no celular e filmava os bastidores. Tudo isso para a gente perceber que a estética, por si só, não serve para mais nada", revela. 

Assim como Gianni, muitos empreendedores do Brasil possuem um negócio bem executado, mas não conseguem visibilidade nas redes sociais por não conseguir construir suas próprias narrativas com as ferramentas disponíveis.  

Aposte na identificação 

Antes não tinha história, era só um vídeo bonitoEduardo GianniPara vender o seu produto, construir uma marca e criar uma rede de comunidade de clientes, não basta só anunciar, mas sim, contar histórias que se comunique com o seu público.  

"Não adianta você querer vender com um vídeo mega produzido quando, na verdade, a pessoa odeia propaganda e o que ela quer ver é mais a fundo de você. Quem você é? No que você acredita? Quais são as suas crença? Quais são as coisas que você faz no dia a dia que tem a ver com elas? Para isso a gente cria conteúdo orgânico”, destaca Gianni.  

Em linhas formais, o conteúdo orgânico é aquele que você conquista a atenção e visibilidade sem ter que pagar. Gianni caracteriza como vídeos que sejam uma espécie de "entretenimento", abordando sua marca e os seus produtos sem parecer só mais um anúncio passando pela tela do espectador.  

"Isso é mais econômico e mais barato porque você não precisa anunciar e colocar dinheiro numa plataforma que você não sabe se vai te retornar as pessoas certas", completou em sua fala.  

A qualidade estética e visual dos seus conteúdos não precisa deixar de existir, mas a mensagem não se apegar tanto nisso. Para a dinâmica dos vídeos curtos que circulam nas redes, histórias bem contadas que conversam com seu público já funciona.  

Para Gianni, vídeos perfeitos não atraem mais, pois não se aproximam da realidade do cotidiano da maioria das pessoas. “Arte visual não funciona mais. Foto mega profissional não funciona mais. Está tudo tão perfeito que foge totalmente da nossa realidade e a gente acredita em coisas simples e com defeitos”. 

Saiba como aplicar gatilhos mentais  

Para construir um bom marketing digital de bares e restaurantes, é importante absorver algumas práticas que vídeos virais possuem em comum, entre elas os gatilhos mentais.  

Frases com sensação de Urgência e Escassez são ótimas para reter a atenção do usuário nos primeiros segundos. “Você não pode perder”, “Eu não fazia ideia que” ou “Essas são as últimas unidades” são alguns exemplos. 

“A gente vai usar várias coisas diferentes para fazer a pessoa ficar e uma delas, talvez uma das principais, são os gatilhos. O nosso cérebro é movido à química. Então, tudo que a gente faz, tudo que a gente sofre, tudo que a gente vê ressoa nas nossas atitudes. Se todos somos iguais, a gente parte do princípio que qualquer estímulo pode funcionar com a maioria de todos nós, certo?” 

A Prova Social é como ‘vender o seu peixe’, mostrando o quanto é bom e eficiente através dos seus processos. "Você já se mostrou ter autoridade suficiente para que a pessoa acredite em você? Porque se você não fez isso, ela não vai acreditar”, destacou Gianni.  

A oportunidade de se aproveitar dos gatilhos mentais, de um bom storytelling e desenvolver uma conexão com seu público é a de fidelizar as pessoas e torná-las fãs dos seus produtos e da sua marca

tags

Assine gratuitamente nossa newsletter

E descubra os segredos dos melhores bares e restaurantes!

Ao enviar seus dados, você concorda com os Termos e Condições e Políticas de Privacidade do Portal B&R.

Relacionados