O ranking de audiência do podcast O Café e a Conta, produzido pela plataforma B&R, oferece uma amostra clara das prioridades do empresário de alimentação fora do lar em 2025. Com uma lista que transita entre a engenharia de processos e a implementação tecnológica, os acessos ao podcast no Youtube e no Spotify refletem a busca por profissionalização em um mercado de margens cada vez mais estreitas.
"A seleção dos mais vistos reforça que o mercado busca consistência técnica. Não se trata apenas de entretenimento, mas de uma ferramenta de consulta para quem toma decisões", afirma o apresentador do podcast, Danilo Viegas. "Nesta temporada, o equilíbrio entre histórias reais de reestruturação e discussões sobre inovações deu o tom da nossa linha editorial na B&R", conclui.
Confira a lista dos episódios mais assistidos de "O Café e a Conta":
10. Camila Carvalho: a cultura do café e os desafios de uma cafeteria (#101)
No Café das Flores, o desafio é a rentabilidade em operações de alta rotatividade. A gestão se destaca ao transformar o serviço técnico e o conhecimento da cadeia produtiva em valor agregado, combatendo a baixa margem através da educação sensorial do cliente.
9. Pedro Costa e Zito Cavalcante: Como ter um bar autêntico e inovador (#102)
O bar Faísca prova que a autenticidade é um ativo financeiro. Ao resgatar a hospitalidade despretensiosa e a conexão com o território, o negócio evita os custos inflados de cenários artificiais e foca na eficiência da brasa e na figura do dono como centralizador de confiança.
8. TOM Cozinha: como nasce um restaurante com identidade? (#125)
O Tom Cozinha de Herança rompe com o clichê da "cozinha caipira" para propor uma visão urbana e técnica de Belo Horizonte. O episódio critica a saturação de termos como "cozinha afetiva", defendendo que o lucro e a resistência cultural residem no rigor do produto e no atendimento humano.
7. Aline Sordili: desmistificando a IA no mercado de alimentação (#124)
A inteligência artificial deixa de ser uma promessa para se tornar uma tecnologia invisível. O foco aqui é o uso de versões pagas para análise de dados reais e tendências globais, fugindo da mediocridade de conteúdos sintéticos e reforçando que a IA deve expandir a capacidade criativa, não a substituir.
6. Pierre Berenstein: treinamento de equipe - ingrediente principal do Outback (#120)
O treinamento contínuo é apresentado não como custo, mas como investimento estratégico em hospitalidade. O modelo de "sócio-proprietário" garante o padrão de excelência em larga escala, usando a tecnologia para desonerar a equipe de processos burocráticos e focar no atendimento.
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5. Celina Aquino: A relação do jornalismo gastronômico com bares e restaurantes (#103)
Uma análise crítica sobre a diferença entre jornalismo gastronômico e entretenimento digital. O alerta é operacional: buscar o pico de demanda gerado por influenciadores sem estrutura de atendimento pode destruir a marca em tempo recorde.
4. Ana Sandim: Como empreender na gastronomia fugindo do óbvio? (#104)
Focar no básico é o diferencial. O episódio desmistifica fórmulas de sucesso e foca no controle rigoroso de fichas técnicas e na fidelização direta via canais próprios, diminuindo a dependência de algoritmos e plataformas terceiras.
3. Desafios de empreender no mercado Amazônia (#126)
Um estudo de caso sobre operar sob riscos climáticos e gargalos de infraestrutura. A lição central é a transição para equipamentos industriais para ganho de produtividade e a adoção de matrizes energéticas eficientes, como o gás natural, para sustentar a margem em regiões remotas.
2. Da falência ao sucesso: a história da JSK Burgers (#127)
A trajetória de Jéssica e Leandro Santos revela o impacto da descentralização da gestão e do controle total da última milha. Ao criar um centro de distribuição e frota própria, o negócio blindou-se contra a volatilidade dos marketplaces e a competição predatória de preços
1. Gestão eficaz: o caminho para a excelência (#128)
O topo do ranking consagra a visão técnica de Rogério Perdiz e Sidney Dutra, do grupo Engenho. A aplicação de indicadores de engenharia e economia à gastronomia permitiu a criação de um conglomerado que prioriza a governança e a distribuição própria sobre o crescimento acelerado, combatendo a alta taxa de mortalidade do setor.
