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Aplicativos de delivery: qual deles é o melhor para o negócio?

Para a escolha de um bom aplicativo de delivery requer análise atenta e pesquisa das melhores oportunidades do mercado.

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Com a chegada de novos aplicativos de delivery de alimentos no mercado, escolher onde ofertar o cardápio se torna uma decisão cada vez mais difícil. Confira 7 das opções disponíveis no mercado

Gustavo Monteiro 20/10/2025 | 18:12

A corrida do delivery tem gerado mudanças significativas nos últimos meses. A causa disso é a chegada de novos aplicativos de entrega no mercado, o que pode trazer grandes dúvidas tanto aos clientes, quando o assunto é em qual pedir, quanto aos donos de bares e restaurantes, acerca de como investir tempo e dinheiro na plataforma em que irá expôr seu cardápio.

Com base nisso, elencamos os principais serviços de delivery disponíveis no mercado brasileiro atualmente para que você possa conhecer as principais opções, vantagens e desvantagens para facilitar sua decisão e alcançar os seus clientes na área de entregas.

iFood

Com 80% de participação no mercado de delivery, o iFood domina o setor e é a principal referência quando o assunto é entrega de alimentos, mercado, farmácia e outras facilidades disponibilizadas pelo aplicativo

Dentre as soluções oferecidas pela empresa, além da própria plataforma de realização de pedidos, estão o iFood Shop, que conecta os estabelecimentos cadastrados no aplicativo a diversos fornecedores de segmentos variados, desde gênero alimentício e bebida. Há também o iFood Benefícios, que serve como cartão de vantagens para seu funcionário, unindo vales-refeição, alimentação e saldo para outros serviços, além do uso possível no delivery da empresa.

São disponibilizados dois planos para os donos de bares e restaurantes que pretendem se cadastrar para realizar vendas no aplicativo, o básico e o entrega. A diferença não está apenas nas taxas de entrega, mas também nas demais condições oferecidas ao estabelecimento. Entretanto, a mensalidade do iFood é uma das mais altas disponíveis, assim como as taxas que podem beirar os 27% por pedido.

Básico Entrega
Comissão de 12% sobre pedidos delivery Comissão de 23% sobre pedidos delivery
3,2% de taxa para pedidos pagos via iFood 3,2% de taxa para pedidos pagos via iFood
Mensalidade de R$110,00/mês (para faturamento acima de R$1800,00) Mensalidade de R$150,00/mês (para faturamento acima de R$1800,00)
Entrega feita pelo próprio empreendimento Entrega feita por entregador do iFood com entrega rastreável

Aplicativo de delivery 99Food

Retomando suas operações no Brasil, a 99Food, controlada pela companhia chinesa Didi, anunciou um investimento de R$2 bilhões apenas em seu primeiro ano de atuação no país, até junho de 2026. Deste valor, R$ 50 milhões serão destinados à criação de pontos de apoio para entregadores, com local para hidratação e descanso.

O retorno da empresa ao país iniciou com operações teste em Goiânia, em junho de 2025, e logo expandiu para São Paulo, em agosto, e Rio de Janeiro, em outubro. A meta é alcançar 100 municípios ao redor do Brasil até junho de 2026.

Para fidelizar empreendimentos que tenham interesse em aderir ao aplicativo, a empresa prometeu zerar as taxas durante dois anos para restaurantes que garantam vender na plataforma pelo mesmo preço cobrado presencialmente no cardápio.

Flex Fixo
8,9% de comissão (12% depois de 2 anos) 0% de comissão (se cobrado o mesmo valor que o cardápio; 12% depois de 2 ano) 
R$00,00  de mensalidade (R$150,00 depois de 2 anos) R$00,00  de mensalidade (R$150,00 depois de 2 anos)
0% de taxa de saque semanal (1,59% depois de 2 anos) 0% de taxa de saque semanal (1,59% depois de 2 anos)
3,2% de taxa para pedidos pagos via 99Food 3,2% de taxa para pedidos pagos via 99Food

Keeta

Novidade no mercado de delivery brasileiro, a Keeta, da companhia chinesa Meituan, referência mundial em serviço de entrega de alimentos, anunciou que iniciará suas operações no Brasil no final de outubro de 2025, na Região Metropolitana da Baixada Santista, localizada no litoral sul do estado de São Paulo.

A frente internacional da gigante chinesa anunciou um investimento de R$5,6 bilhões para os próximos 5 anos dedicados a operação no país. De acordo com a plataforma, a ideia é impulsionar o crescimento dos restaurantes locais e das pequenas e médias empresas (PMEs).

Embora não tenha divulgado as taxas até o momento, a Meituan é conhecida por ter uma estratégia agressiva de entrada no mercado, com cupons de desconto significativos para os clientes e propostas de taxas reduzidas para os estabelecimentos cadastrados no início das operações.

Rappi

A colombiana Rappi, que surgiu em 2015, está no mercado brasileiro desde 2017 e é mais um dos superapps que envolvem serviços de entrega para diversos setores: alimentício, supermercados, farmácias e petshops, além de uma solução financeira, o RappiPay, que foi descontinuada no Brasil.

Em setembro de 2025, a Amazon fez um investimento inicial de US$25 milhões na empresa, que pode atingir 12% de participação nas ações em caso de alcance das metas. A operação faz parte de uma estratégia da empresa estadunidense de ampliar a rede logística de entregas no Brasil

Em frente ao investimento de R$ 1,4 bilhão feito pela empresa em 2025 para os 3 anos seguintes de operação, a Rappi optou por zerar as taxas para restaurantes no período a fim de aumentar a competição com a iFood, principal do mercado de delivery de restaurantes. Anteriormente, a empresa cobrava uma taxa de adesão (R$ 40 ou R$ 150 dependendo do plano), uma taxa sobre pagamentos com cartão (3,5%) e uma comissão que chegava a 27% caso a entrega fosse feita pelo Rappi.

Aiqfome

Com foco nas cidades do interior do Brasil, o Aiqfome é a segunda maior plataforma de delivery do país e projeta alcançar R$2 bilhões em vendas até 2025. O superapp, que oferece também entrega de supermercado, farmácia e petshops, tem como meta alcançar 1000 cidades, com foco em localidades que tenham até 500 mil habitantes.

O Aiqfome é a segunda maior plataforma de delivery do país e projeta alcançar R$2 bilhões em vendas até 2025

Em setembro de 2020, a empresa paranaense foi comprada pela Magazine Luiza, gigante da área de e-commerce e dona de lojas como Netshoes e Zattini, por um valor que não foi revelado publicamente. Segundo Roberto Bellissimo, então diretor financeiro da Magalu, o valor não foi materialmente relevante.

A mensalidade do aplicativo é isenta para estabelecimentos que faturam até R$1.500,00 por mês, para os demais, a mensalidade é de R$ 89,90 para qualquer plano. Os valores alternam a depender do modelo de entrega: se realizado pelo local, a taxa é de 14,99% por pedido; se feito pela Aiqfome, o valor é de 19,99%.

Zé Delivery

Diferentemente das alternativas citadas acima, o Zé Delivery é um aplicativo criado pela Ambev em 2016 com foco em entrega de bebidas e petiscos, como amendoins e chocolates. A premissa inicial, que era entregar bebidas geladas em até 1 hora, já foi reduzida para 35 minutos e conta com planos de entrega em até 15 minutos, com o mesmo preço disposto no supermercado.

Um diferencial do aplicativo é a parceria estabelecida entre a Ambev e clubes de futebol do primeiro escalão nacional, como o caso da Sociedade Anônima Brahma (SAB), que repassa uma porcentagem das compras de cerveja Brahma feitas no aplicativo para o time do coração do cliente. Durante os primeiros 3 meses da operação, mais de R$3 milhões foram repassados para as equipes.

O sistema de remuneração do Zé Delivery difere dos demais aplicativos na relação com as distribuidoras: elas recebem até 20% do lucro na comercialização dos produtos que são vendidos pela Ambev, mantenedora do aplicativo. Para cadastro na plataforma, é necessário ser aprovado pela empresa a partir das indicações propostas por ela.

Delivery Much

Também focado em cidades pequenas, de até 150 mil habitantes, o Delivery Much funciona em um sistema de microfranquia, no qual o franqueado se torna "dono do aplicativo" na cidade e é responsável pela captação de estabelecimentos para cadastrar na plataforma.

Em agosto de 2024, a empresa captou um aporte de até R$4 milhões da NSC Comunicação, afiliada da Globo em Santa Catarina, com inserções em televisão e rádio, meios em que a empresa não estava inserida, a fim de alavancar a participação da plataforma na mídia.

A taxa cobrada pelo aplicativo varia de acordo com o tamanho do empreendimento e da cidade em que está localizada. De forma geral, segundo o blog feito pela empresa, as taxas não superam 12% do valor total de cada pedido realizado.

Qual aplicativo de delivery é o melhor?

Além das opções acima, o mercado de aplicativos de delivery no Brasil é extenso. Por isso, para decidir qual é o melhor, é preciso estudar as taxas, comissões e necessidades que cada negócio tem. Alguns possuem mais atuação em pequenas cidades do interior, outros atuam em grandes cidades capitais e se encaixam nas particularidades de cada região.

Por isso, o melhor aplicativo de delivery para dono de bares e restaurantes é algo particular a cada estabelecimento e é algo que precisa ser avaliado com estratégia e cautela. Recomenda-se sempre verificar as condições comerciais vigentes diretamente com cada plataforma antes de firmar parceria.

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